segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

LEDs à margem da qualidade

As lâmpadas de LED são a grande sensação do momento. Vislumbra-se, entre os mais otimistas, que elas podem substituir os mais de 550 milhões de lâmpadas existentes no Brasil. Trata-se realmente de uma revolução tecnológica, com o LED “devorando” incandescentes, fluorescentes, halógenas, metálicas, sódio, mercúrio, enfim, todas essas fontes de luz tradicionais e, vê-se agora, ultrapassadas do ponto de vista da sustentabilidade ambiental.

Este leque de oportunidade de ganho rápido e fácil tem triplicado o mercado com novas “empresas de iluminação”. Desde fabricantes de chuveiros e ferramentas aos importadores de caneta de camelô e de bijuteria, todos veem nos LEDs uma forma de diversificar seus negócios ou aferir grandes lucros. Excetuando-se as organizações tradicionais de iluminação, já reconhecidas por sua seriedade e dedicadas ao ofício da luz nestes últimos 15 anos, no mínimo, esses novos aventureiros importam o que conseguem, com a qualidade que podem pagar e com total menosprezo aos direitos do consumidor ou às leis.

O mercado brasileiro sempre foi vulnerável ao comércio de produtos de baixa qualidade. Preço bem baixo, fora da precificação normal, e de marca desconhecida é certeza absoluta de que o critério de qualidade está passando longe. É o descartável, aquilo que se compra já estimando a data do fim da sua vida útil, não a validade impressa no produto – esta também uma fraude. Há a consciência de que o barato sairá caro, mas a tentação da pechincha é ainda mais forte. Esse é o alimentador que sustenta um mercado quase marginalizado, à beira da lei e distante, muito distante, das normas e especificações técnicas.

Higienização do mercado
Diante desse cenário, regulamentar o mercado e exigir a certificação das lâmpadas de LED é uma opção desejada por associações da iluminação e por empresários que há décadas trabalham com lâmpadas. Há anos o assunto vem sendo debatido no Inmetro e desde 4 de novembro de 2014, encerrada a consulta pública, o governo vinha trabalhando no texto final do documento sobre a regulamentação do LED.

Sabe-se que a nova certificação sobre LED publicada agora em 2015 – outras certificações já existiam e eram restritas às incandescentes, compactas fluorescentes e vapor de sódio – higienizará o mercado, tirará de circulação os LEDs de baixa qualidade e dará ao consumidor a segurança de comprar produtos de qualidade. Lembrando que hoje, no Brasil, não existem fabricantes de lâmpadas de LED e sim montadoras que importam separadamente os componentes eletrônicos da Ásia, compondo-os e embalando-os em território nacional.

Gilberto Grosso - Lighting Professional com ampla experiência na área de iluminação e CEO da Avant, referência nacional em soluções para iluminação.

(11) 36612229 - com Karyna
Ligue direto: (11) 96836-8386

Dica:
Lighting Designer Terry Terrell

Acesse:
www.ledaqui.com.br


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